quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

só pra alegrar o teu dia

Parei meu texto retrospectiva 2011 pra lembrar um bom amigo chateado o quanto ele é uma pessoa amada e especial no mundo (to até fazendo um super texto bacana pra ele, devia se sentir especial). Preciso dizer por aqui que essa relação começou com um grande ódio mortal, eu sempre fui meio estressadinha mesmo. Como não se irritar com a pessoa que em 2 segundos diz uma bobagem e convence todo mundo que essa bobagem é mais correta do que o que eu tentava dizer num discurso de meia hora? Ai ai, essas pessoas com liderança nata me matam
Mas daí surgiu um super carinho assim. Desses que a gente nem entende muito bem da onde saem, mas se dá conta que por mais que as coisas fiquem estranhas, esquisitas, bizarras ou incomodas, tu simplesmente não tira a criatura da tua vida. Porque rola um conforto naquela janela de “bom dia” inexplicável. E uma risada enorme em cada “criadora de caso” e “louca” proliferado durante qualquer diálogo bizzaro. E que bom, tu sabe que se o carro estragar as três da manha no meio da estrada do laranjal, rola um salvamento. Dessas pessoas tu enxerga tudo que tem de bom e parece até que tem medo de demonstrar. Sabe o cara com a pose de durão? Sempre esconde uma pessoa super doce, é só olhar pelo lado certo.
Logo, pare com suas crises existências e não suma, senão o texto vai acabar sendo de saudade. E pare com essas coisas de “ninguém vai sentir falta de mim” porque eu não sou ninguém e fico pra morrer quando tu acaba longe demais.
Que essas confusas palavras alegrem o dia de uma das pessoas mais importantes de 2011 e lembrem essa pessoa que tem muita gente no mundo que gosta muito dela, bom eu gosto pelo menos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

bonito, poético e otimista

Já comecei esse texto duas vezes e apaguei. Queria um texto bonito, poético e otimista pra noite de hoje, mas a inspiração não rola tão solta assim. Sabe, tenho percebido que viver é quase uma questão de criatividade. Se tu conseguir sair de cada situação e enxergar de fora, tu sempre consegue inventar uma aspecto positivo em tudo. Pode ser uma lição a ser tomada, uma ação a ser mudada, uma boa história pra contar, algo tem que ser retirado de absolutamente tudo o que acontece. Isso exige maturidade, uma boa dose de positivismo, e muitas, muitas colheradas de criatividade. Talvez encarar as coisas positivamente seja uma das tarefas mais difíceis da vida. É bom reclamar, faz parte reclamar, é cômodo reclamar, é uma boa maneira de chamar atenção. Nessa hora vem o desafio de conseguir inventar pelo menos uma idéia feliz que envolva o que passou. Inventar, inventar, fingir, atuar? Adoro escrever que eu cansei de fingir, mas talvez, seja só a maneira mais saudável de levar a vida. Ultimamente comigo é assim, o que faz mal está sendo cortado, o que faz bem tem sido trazido bem pra pertinho. Vai trazer felicidade? Minhas portas estão abertas pra tua chegada. Vai pesar meus dias? Peço com a maior educação que me é cabível que fique longe de mim. E assim, tenho levado o meu copo meio cheio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

ninguem morre de desamor

As pessoas tem compartilhado tanto as coisas que eu escrevo, que eu tenho ficado cada vez com mais vontade de escrever. Ainda que tenha ouvido que eu devia fazer mais do que eu escrevo (o que eu concordo em gênero, número e grau) acho que escrever na minha vida é uma boa maneira de colocar pra fora as coisas.
Toda a frustração de não tomar atitudes foi se por agua abaixo, já que sim, coloquei meus sentimentos pra fora. Acreditem, faz um bem do caralho (num ÓTIMO português). E lógico, quando a gente fala de sentimentos, a gente não tem que esperar que as pessoas retribuam. Na verdade, se as pessoas acharem bacana a gente nutrir sentimentos por elas, pra mim já tá mais do que bom. Porque se tem uma coisa que eu aprendi é que a gente tem que fazer a nossa parte, e isso é tudo que nos cabe. O nosso papel é simplesmente mostrar quem a gente é. O que a gente gosta, o que não gosta, como lidamos com as coisas. A gente tem que manifestar como a gente se sente em relação as pessoas, mesmo que seja pra ouvir que nossa super mega paixão não é correspondida. E eu seria uma grande hipócrita se eu disesse que eu não me importo em não ser correspondida, é óbvio que eu me importo, não sou de pedra né? E claro que bate umas tristezinhas de vez em quando e uma fustração FUDIDA por não poder fazer mais do que isso, mas não é como se o mundo estivesse nas minhas mãos o tempo todo. Logo, ando partindo do princípio que tudo passa, e que bom, se não é pra ser meu, é porque o destino me reserva algo melhor.
Enquanto isso? Eu vou levando brincadeira até o sentimento todo passar. E claro que não vai ser tão simples assim, mas ai, ninguém morre de desamor. Uma hora passa, mas quando passar, eu espero que passe sem volta.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"a manifestação do único desejo que predomina nesse quarto"

Me olho no espelho. Ainda não se decidi se sou bonita ou feia. Se sou magra demais ou gorda demais. Se sou apaixonante ou entediante. Foi um dia completamente inconstante. As vezes me sinto poderosa, as vezes me sinto o último dos seres. Em alguns momentos pensei que tudo que eu queria era estar em casa sozinha, dois minutos depois comecei achar que talvez devesse sair a procura de gente. Pensei em como estava feliz nas minhas férias, pensei que talvez eu quisesse muito o que fazer pra parar de pensar em bobagens. Pensei em como eu não me importava com aquele cara babaca que não me dá a bola que eu gostaria. Voltei a sentir falta dele. Me dei conta que só era feliz quem não queria. Sigo pensando isso. Lembrei como eu gostava de usar o cabelo moreno, também sigo gostando. Talvez eu só seja essa onda de vais e vens que não se decide por nada e acaba sendo tudo. Talvez eu só seja mais complicada do que eu gostaria, mais cheia de pensamentos que eu não gostaria. Acho que eu penso demais, devia agir mais.
Agora, nesse exato momento queria alguém que me salvasse da minha própria loucura. Que só mandasse um sms dizendo: to indo te buscar e impusesse uma presença a minha noite. Queria uma pessoa louca e corajosa na noite de hoje. Uma pessoa que me arrancasse boas gargalhadas. Isso não é um desafio, é só a manifestação do único desejo que predomina nesse quarto.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Mulherzinhas x Mulherões

Bem complicado esse papo de mulherzinhas e mulherões em um mundo de gente tão confusa. Já que cada um tem sua opinião sobre o tema, vou dar a minha também. Começo dizendo que existem tipos e tipos e tipos e tipos e mais tipos de mulheres e isso é uma verdade incontestável. E nenhum deles é melhor ou pior, é quase um problema de adequação, de compatibilidade com as situações proporcionadas pela vida. Porque sim, existem as mulherzinhas. Mulherzinha pra mim é quem se prende em fuinha, em superficialidade. O sapato Schultz salto 15, o rímel lâncome, a puta que o pariu. Nada contra mulheres que gostam de se arrumar, eu mesma adoro, mas acho que isso não devia ser nem de perto a prioridade da vida de ninguém. Porque pra mim tanto faz a marca da blusa, a cor do sapato, que carro a criatura dirige, pra onde ela viaja. O que importa mesmo é o quanto acrescenta a minha vida, da maneira mais clichê que isso possa parecer. Foda-se o resto, o importante é a quantidade de sorrisos que as pessoas podem vir a trazer, a quantidade de conteúdo que elas tem a acrecentar, a quantidade de amor que elas trazem pro teu dia a dia.
Confesso que eu curto mesmo mulher sem galho, e é como eu tento agir todos os dias. Porque apesar das enrolações e complicações que toda a mulher possui, esse tipo, briga pra tentar mudar as coisas, positivamente. Essa tenta falar o que sente, fala o que gosta e o que não gosta. Essa não joga com as pessoas, se relaciona com elas. Essa fala o que ta com vontade, mesmo que pra isso tenha que utilizar uns 47 palavrões. Essa vai se arrumar em 5 minutos se o cara que ela quer estiver indo buscar ela. E vai topar sair de casa no meio da madrugada só pra fazer uma loucura de verdade. E vai achar que não dá nada uma boa indiada se a companhia valer a pena. Essa vai achar que falta de grana não impede ninguém de sair de casa. Essa enxerga que o bom da vida não ta nas coisas que o dinheiro compra, mas naquilo que já está ali pra ser aproveitado. Essa troca uma balada por uma noite de negrinho e vídeo game. Essa gosta de uns amigos homens pra falar umas putarias, e sabe que isso não é falta de respeito nenhuma. Essa valoriza as boas relações. Essa entende, que a gente sempre tem que tentar melhorar.
Pra mim, mulherão é isso. Concordam? Discordam?

sábado, 3 de dezembro de 2011

o que eu quis dizer

To cansada de não ter o que eu quero, sabe? Eu entendo que a gente tem que se adaptar as situações que a vida oferece, mas eu to cansada de sempre me adaptar a tudo. Eu queria que uma vez na vida as coisas acontecessem como eu desejo, só uma. E que fossem bacanas. E que eu não ficasse sempre me sentindo uma sem coração, sem sentimentos. Eles tão bem aqui, incomodando muito. Cansei de ter que me contentar com o que a vida vai oferecendo, eu quero mais. Cansei de ficar procurando motivos pra me sentir bem, faz meses que só o que eu pratico é auto ajuda. Não quero mais auto ajuda, não quero mais fingir que eu levo todo mundo de boa, eu não levo todo mundo de boa. Tem gente que é mais importante, que mexe mais, e era aí que eu queria que as coisas fossem diferentes. E honestamente? Eu digo que eu queria não sentir, mas é mentira, eu queria mesmo é que sentissem de volta. Como não é o que a vida me propõe, eu acabo pedindo arrego, e tentando então cumprir com a tentativa do desapego.
Quer saber de uma coisa mundo desapegado idiota? Vai tomar no seu cú. Fresquinho.

Palavras de uma morena revoltosa com a porra da falta de sorte que ela anda.

sábado, 5 de novembro de 2011

Prometi que eu ia escrever verdades. Não sei o que são verdades, logo que tudo pode ser ou pode não ser num intervalo de cinco segundos. Elas podiam deixar de ser, afinal, já faz uns meses que elas são e isso nunca fez nenhuma diferença. Pra mim fez, obvio,mas eu to começando a acreditar de verdade nessa coisa de que eu “vivo num mundo a parte”, logo, os meus sentimentos não fazem a menor diferença no mundo real.
Dentro do fantástico mundo da Marina, ela ta num momento aborrecido. Coisa que todo mundo passa na vida. E ao contrário dos grandes sofredores, ela acha que essas coisas passam. Mas como os grandes sofredores ela ainda reluta em não deixar passar. E isso não tem nada a ver com amizades, logo que amizades não passam. Tem haver com níveis de importância. Tem haver com a janela mais importante do MSN, e só isso. Ela não gosta de falar muito sobre isso publicamente, afinal, apesar dela achar lindo as pessoas se gostarem, ela não é do tipo mais amorosa do mundo. A Marina quando gosta se complica horrores e tem uma forte tendência a não expor os sentimentos de maneira convencional. Logo, não espere que ela fique olhando, que ela fique na volta ou que ela tente te abordar eu provavelmente não farei isso. Provavelmente as coisas vão ficar exatamente como elas estão, logo que, não existe interesse nenhum em fazer que elas sejam diferentes disso, ela acha isso pelo menos. E ela é tão doente que precisa escrever coisas em terceira pessoa, só pra não achar que a Marina da história é ela.
A Marina acaba os textos das verdades rezando pra absolutamente ninguém no mundo ler e entender o que se passa dentro dela, logo que ela não quer que ninguém saiba o que se passa de verdade. Mas se era pra falar de verdades, elas estão bem ai.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quando eu me chateio/brigo com alguém, independente de qualquer coisa eu nunca sei exatamente o que fazer. Se eu finjo que ta tudo bem, finjo que eu to braba, finjo que nada me importa. Mas fingimentos a parte, eu só sinto tristeza, não tem raiva, só tristeza. O que eu mais quero é sempre tentar resolver, mas às vezes só não dá. Abrir o coração não dá certo com algumas pessoas, então o negócio é ficar na minha mesmo.
Tem gente que prefere se incomodar, eu não prefiro.
Que pena que tem que rolar stress desnecessário, mas tudo faz parte da experiência de conviver com as pessoas.
De qualquer jeito, penso que talvez seja o momento de me afastar mesmo. Que pena que gente tão importante vai ter que ficar tão longe. Mas ok, aprendi que tem gente que simplesmente não nos faz bem.
Que pena que ter que ser assim bonitinho, que pena.

domingo, 30 de outubro de 2011

um quase pedido de desculpas

Tem uns dias que eu tenho muito a dizer e não tenho nada. Não sinto que alguma coisa que eu vá dizer vai melhorar o dia de alguém, mas é sempre preferível tentar.
Fiz aquilo de novo, critiquei uma pessoa que sente algo parecido com o que eu sinto. Não, não critiquei a pessoa por sentir alguma coisa, todo mundo tem o direito de sentir o que quiser. Critiquei a maneira na qual ela tentou se livrar do problema. Mas critiquei de uma maneira babaca, não precisava, apesar de ter achado engraçado, na hora pelo menos.
Na verdade, eu não devia criticar a maneira com as pessoas tentam se livrar do que incomoda, já que eu tento superar meus problemas enchendo o saco dos outros com textos “auto ajuda”. Talvez não seja lá maneira mais inteligente de resolver alguma coisa, mas alivia horrores.
Então, se eu pudesse voltar atrás, eu diria pra essa pessoa que ta incomodada com alguma coisa, que ela tem todo o direito de tentar resolver a vida dela da maneira que ela bem entender, e que eu, nem ninguém, temos nada a ver com isso.
Admiro muito quem tenta dar a volta por cima, quem faz alguma coisa pra ficar mais feliz, nem todo mundo tem essa capacidade. Alguns preferem ficar só na reclamação.
Acabo por aqui dizendo que tudo passa, tudo, tudo, tudo...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Você devia ler isso

Dias de chuva sempre são propensos a reflexão. De uma maneira um tanto engraçada me peguei chateada por um monte de bobagens. Entre elas, coisas criadas pela minha própria cabeça. Volta e meia eu me pegando sofrendo por uma hipótese de algo que eu crio dentro dos meus próprios pensamentos e que nem é real, que maluquice né? Bom, se eu for entrar no debate do que é real e o que não é, acho que eu não vou acabar de escrever antes dos 30, mas enfim, eu tava aqui pensando sobre coisas que me fazem mal. Coisas que pessoas fazem que podem vir a fazer mal. Já tentaram se colocar no lugar do outro de vez em quando? Eu me dei conta que metade das coisas que me fazem mal, eu já fiz pra alguém algum dia. E claro, que ninguém é perfeito e a gente magoa as pessoas, mas dá pra tentar contornar. Só percebo o quanto algo pode ser ruim, quando eu vivo na pele. É meio egoísta, né? Vou tentar começar a fazer diferente. Acho que nesse aspecto eu relaxei demais. Eu costumava cuidar muitos dos sentimentos dos outros. Aí me perdi dentro da minha própria rede de problemas, e esqueci de me importar. Tá errado, eu gosto de me importar, eu gosto de cuidar.
Acho que apesar de todos esses relaxamentos e de estar vivendo toda essa nova fase, existem determinados aspectos meus, que eu não vou e nem quero perder. Porque apesar de cada dia mais festeira, mais metida, mais falante, mais cheia de amigos e mais cara de pau, existem traços de Marina que não podem se perder no meio do caminho. Aquela que eu chamo de Marina séria ta sempre ali esperando pra se manifestar.
Porque apesar de ser engraçadinha, eu não gosto de ser a palhaça. Eu gosto de acrescentar, eu gosto de mostrar que eu não concordo com metade das coisas que eu enxergo acontecerem no mundo todos os dias. E que a futilidade das pessoas me incomoda muito. E a falta de respeito com os sentimentos alheios também. Que a gente tem que parar um pouquinho de olhar pros nossos umbigos e perceber que existe mais gente no planeta. E que muitas dessas outras pessoas estão precisando de ajuda, precisamos ajudar.
Eu canso desse mundo de aparências que eu também to inserida, onde tal cor é legal, se vestir de tal jeito é estiloso, ouvir tal música é “alternativo”. Essas coisas não podem ser priorizadas em momento algum.
O que devem ser priorizados são os momentos de divisão, de carinho, de amizade. De debates construtivos, de histórias novas pra contar. De gargalhada, de felicidade, de respeito.
Às vezes eu preciso pontuar coisas, eu preciso falar sério, pra mostrar que dentro da sorridente aqui, tem alguém bem preocupado.

sábado, 22 de outubro de 2011

sobre como eu me sinto de vez em quando

Me peguei odiando fim de semana de novo. Eu costumava odiar finais de semana. Sempre preferi me ocupar o dia inteiro e enxergar gente a semana toda, do que ficar em casa sozinha no fim de semana. E até muito pouco tempo, eu ainda preferia uma boa segunda feira lotada, do que um domingo dorminhoco. No entanto, as coisas tomaram um rumo diferente. Eu não sei por que, como ou quando, mas a minha vida simplesmente mudou. Não lembro de ter me esforçado pra que isso acontecesse, mas não podia ter acontecido coisa melhor. É a primeira vez em todos esses 19 anos, que eu recebo várias mensagens de “boa sorte” antes de uma prova. A primeira vez que eu vejo tanta gente se preocupar comigo e que eu nutro tanto carinho por tanta gente ao mesmo tempo. Sempre me dei bem com todo mundo e não fui amiga de quase ninguém. É meu jeito eu acho. Mas quando vê, todo muito quebrou minha barreira e chegou chegando, graças a Deus! Tenho que agradecer a toda essa gente que faz dos meus dias a alegria que eles são, porque sozinha, eu não consigo.
Tanto não consigo, que to aqui, atirada no escuro, morrendo de vontade de chorar pensando em um monte de coisas. Talvez seja só a TPM. Talvez seja o momento em que eu posso ficar séria e pensar sobre o que se passa, não sei ficar triste na frente dos outros mesmo. Talvez seja só uma carênciazinha boba que não devia estar passando por aqui.
Mas nesses monentos solitários eu queria ser um pouquinho mais auto suficiente de novo. Queria fazer a minha sozinha e só aproveitar o que as pessoas tem a oferecer de bom. Ninguem ia me fazer mal, eu não ia fazer mal a ninguém. De vez em quando eu queria ser muito diferente.
Não consegui tirar a bola da garganta ainda, mas é sempre válida a tentativa de mais um texto.

domingo, 25 de setembro de 2011

Do tempo em que problema era fazer xixi na cama

Acordei de uma daquelas noites muito loucas que todo o jovem de de dezoito anos já teve. Os amigos tomaram um porrão, algumas pessoas a gente nem viu indo embora, o cara que tu curte acabou a noite com outra, tu ficou triste, aquilo que provavelmente todo mundo já passou um dia. Todo mundo já passou e todo mundo sabe que o outro dia é absolutamente desesperador. Tu te pega efetivamente refletindo sobre a vida e sobre como tu é azarado, se questionando porque tu é como tu é (num bom gauchês que conhecemos muito bem, eu não uso és, ok?). Aí, tu começa a querer repensar uma série de condutas, afinal no fundo, no fundo, tudo o que tu menos quer é que essa noite se repita. Porque sair e voltar mal não é exatamente o que se espera de noites com os amigos. E ai bom, eu acordei um pouquinho melhor do que na hora que eu cheguei aqui.
Não, eu não acordei com vontade de voltar a ser bebê,como o título do texto remete, isso seria um pouco demais até pra minha própria insanidade, mas acordei com saudade dos tempos em que essas coisas incomodavam menos. A época em que tu só imaginava que as coisas incomodavam mas não praticava nenhum tipo de ação para impedir que elas acontecessem ou mesmo, esquecer que elas aconteceram. Sim essa é a característica dos dezoito anos, a tentativa de mudar as coisas. Bom, pelo menos este é o principal traço da minha atual personalidade.
Aí, pensei mais amplamente e me dei conta, que independente da idade, a gente sempre tem sofrimentos e eles sempre parecem muito maiores do que são de verdade. Daqui a uns cinco anos, ou talvez daqui a três dias eu vou perceber o quanto o que eu sinto hoje é bobagem e não deve ser levado a sério, eu tô na idade de não levar as coisas a sério.
Claro, sempre vale o aprendizado, sempre é válida a tentativa de se tornar uma pessoa melhor, mas isso é crescimento.
E foi com esse tipo de pensamento que eu resolvi levantar da cama hoje, pensando que eu não sou a pessoa mais azarada do mundo, não sou horrorosa e não sou o pior dos seres.
Eu sou é muito sortuda, tenho que levantar as mãos pro céu e agradecer todos os dias tudo o que me foi dado (ainda não desconsiderei a existencia de Deus no mundo, acho que ele ta ali assistindo tudo). E bom, se tudo o que vai volta, eu tenho que é começar a mandar energias boas pras pessoas de novo. Logo, vamo parar de olhar só pro lado ruim das coisas? Vamo lembrar que a noite ontem foi entre amigos, que a gente deu boas gargalhadas, perdeu muitas calorias dançando e boto pra fora tudo o que fazia mal. O negócio é abstrair quem tá fazendo mal e se preocupar com a própria felicidade, porque uma hora, surge alguem que vale a pena. Um sorriso saindo do forno? : )

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

por quê.. né?

Já diria o grande Frejat “que você descubra que rir é bom, mas rir de tudo é desespero”. Desespero eu não sei, mas eu me defendo na risada. Claro que as coisas me chateiam, eu não sou de pedra. E claro que muitas vezes eu queria que tudo tomasse outro rumo, mas infelizmente as coisas não rolam como a gente imagina. Então, eu tento dar risada e absorver algum tipo de lição das situações ruins que surgem pelo meu caminho. E claro que eu tento brigar com o que eu acho que pode mudar, mas algumas vezes, o problema é maior que eu, e entrar nele, pode significar quebrar a cara pra valer. Quem sabe um dia eu fico um pouquinho mais valente? Enquanto isso eu faço pedidos pra horas iguais, escrevo quando eu não to legal, danço pra botar pra fora o que não ta bacana e vou levando, por quê né.. a vida continua.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Acho que eu me enrredei mais do que havia previsto da minha própria brincadeira. Brincadeira essa que eu tinha certeza, ia dar errado. É muito difícil administrar determinadas situações. Sentir ou não sentir? Brincar ou não brincar? Só se divertir? Não sei, de verdade. Como será que eu me boicoto mais? Saindo ou ficando? Tenho lá as minhas dúvidas. Me questiono por aqui, se quem faz dar errado sou eu. Talvez né?
Talvez eu deva parar de pensar e seguir levando tudo exatamente da mesma maneira. Seria mais fácil né? Mas bom, infelizmente eu não tenho sangue de barata. Nem coração de pedra.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tenho muito a dizer, e não quero dizer nada.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

a via nunca é de mão única

Adoro bancar a sem sentimentos e afirmar por aqui eles andam longe de mim. Mas é mentira. Minha dificuldade de me envolver com as pessoas faz eu sentir mais ainda em relação a elas. Ter medo não significa não sentir, bem pelo contrário. Significa sentir demais e não demonstrar, afinal, é bem menos assustador. Isso não significa que nesse exato momento o que eu sinto é demais. Queria estar sentindo mais ainda. Ia ser mais triste, mas consequentemente mais feliz. Sabe aquela coisa de dois lados da moeda? Quanto mais a gente se envolve mais dói no final, mas pelo menos a gente se envolveu né?
Tava curtindo minha super aventura. Acho que de uma maneira um tanto surpreendente dei uma guinada bem feliz na minha vida. Onde eu tento aproveitar a fundo as coisas. Não tenho hora, nem lugar e nem expectativa, só quero meus momentos de felicidade. E ainda que isso vá contra os meus príncipios éticos e morais, o risco tem sido a maior diversão. Só que né, um dia não vai ser mais.
O risco é divertido até o momento que ele vira algo mais do que o risco. É é pensando nessa mudança, que por aqui venho dividir minha angústia. Porque novamente afirmo, quanto melhor, pior, e essas são duas cartas do mesmo baralho.

domingo, 17 de abril de 2011

Controle

Qual a probabilidade de eu acabar me machucando mais? Enorme. Mas eu estranhamente não me sinto preocupada. De uma maneira muito masoquista sentir dor significa muitas vezes me sentir viva. Vindo de uma acomodada no marasmo, isso significa alguma coisa. Até então só coisas boas se passavam no meu coração, um inexplicável alívio de saber que o mundo ainda é lindo. Por outro lado, o mundo não é lindo porque eu o colori, e isso pode ser um pouquinho frustrante. A verdade é que eu preciso aprender a lidar com essas situações de divisão esporádica, onde tudo que se fala vale exatamente pra aquele momento, mas é infelizmente incapaz de durar por mais três ou quatro dias. Infelizmente eu questiono? Durando, talvez acabasse toda a mágica que só essa troca tem. Percebo então que o que me satisfaz, e o que eu julgo me satisfazer são cartas bem diferentes desse baralho. Perder o controle é assim, muitas interrogações em uma correnteza de sentimentos. Perder o controle é minha maior fonte de inspiração, e de todas as sensações, pode ter certeza que a de estar por aqui novamente é a mais feliz.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Alívio

Talvez, mas só talvez, essa coisa de chutar o balde acabe acontecendo em todos os possíveis lados. Talvez, deixar as pessoas chegarem perto e chegar perto delas signifique poder deixar outras se afastarem e inclusive, querer que isso aconteça.
Se permitir ter amigos, significa também poder ter inimigos. Acabou-se o medo da solidão, temporariamente pelo menos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Essa coisa de paixão já nem existe mais no meu vocabulário, ou será que existe? De qualquer jeito, não é isso que eu sinto em relação a ti. Só sinto vontade de conversar. De repente eu acho que é de ti que vem coisas legais. A verdade é que eu gosto de dividir minhas tensões com gente doce. E no entanto, tenho tanto medo de ti que acabo não dividindo nem olhares. Tenho um sincero medo que tu ache que eu confundo as coisas e resolva se afastar de mim. Óbvio que eu tenho medo de confundir as coisas. Da primeira vez, eu podia, mas agora não me sinto podendo mais. Da primeira vez, era diferente. Tudo era muito novo, inclusive eu. Eu era uma mimosa, cheia de sorrisos e coisas boas. Não sei em que altura do campeonato eu virei tão medrosa e complexada, isso não eram características minhas daquela época. E imagino eu, que elas devem fazer toda a diferença, mas pensar isso faz parte do medo todo. Não ando numa fase muito legal comigo mesma, não me acho boa o bastante. Queria entender por quê. Sempre acho que tu poderia me ajudar, mas talvez, tu seja um dos grandes motivos. Aparece vai, eu pareço não me importar, mas me consome. Me senti caindo num clichezão barato, mas tenho dúvidas se a culpa foi tua ou minha. Fui consumida por uma onda de timidez que deixo tudo mais difícil. Louca. Louca. Louca.
De qualquer jeito, essa minha insegurança toda anda me atrapalhando muito, eu não sou assim. Eu não era assim. Mas e tu? Segue sendo o mesmo? Não consegui descobrir. Às vezes eu acredito mesmo que eu te inventei. Se sim, eu não queria que essa invenção tivesse desmoronado.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

E dizer que eu me sinto confusa é pouco. Tudo aconteceu ao mesmo tempo, e eu me sinto em uma sinuca de bico. Conhece a expressão? É quando a gente se pega decidindo entre o ruim e o pior, mas não sabe qual deles é menos horrível. Me vi encarando um problema tão maior que eu. Acho que uma das grandes qualidades de alguém, é perceber quais são os seus limites. E apesar de querer supera-lo, eu acho que eu já cheguei no meu. Isso significa, que talvez, essa briga venha me fazer bem mal, e que dentro de mim pisca um alerta, sem força.
Mais do que um alerta, é um pedido de auto piedade. Admitir que eu tenho dezoito anos e que o mundo devia ser leve e feliz. E que ele não tá nem um pouco longe disso. E que quem sabe, esse meu profundo desejo de ser a salvadora da pátria, acabe só me deixando muito chateada, afinal, eu não posso salvar ninguém que não seja eu mesma.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cá estava eu passando essa tarde de sábado nebulosa em casa, pensando na noite que virá. Sabe, faz uma semana que eu sei o que que eu vou fazer hoje a noite. E eu estava aqui pensando no que eu poderia vestir, quando veio aquele sentimento de medo dessa noite. Hoje em dia todo mundo tem medo de planejar coisas, de criar expectativas. Prefere fazer decisões impulsivas em cima de momentos, com medo da decepção. Sabe, acho que de verdade, criar expectativas positivas parece legal. Parece legal querer que a noite seja bacana. A gente não devia ter medo de fazer do nosso dia algo bom. Afinal, me parece que nutrir sentimentos negativos em relação a algo, pra não se decepcionar, não é uma boa maneira de tornar algo agradável. Então, não tem medo! Coloca energias positivas, planeja a roupa, o penteado, a companhia e quanto chegar lá curti. Faz a tua noite valer a pena, porque eu vou fazer a minha!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“Deitei a cabeça no travesseiro pensando em todo o peso que eu sentia sobre o meu coração naquela noite chuvosa. Pensando em todos esses medos que pairavam sobre minha cabeça. Então, veio aquele sentimento reconfortante de sentir o mundo lindo. Como é bom ter perto quem sente o mundo bonito. Colorido. Eu te peço, não te enche de rancor. Lembra do quanto as pessoas podem ser sorridentes, os lugares podem ser reconfortantes e as músicas podem ser agradáveis aos ouvidos. O quanto livros podem ser emocionantes, caminhadas podem ser excitantes e conversas carinhosas. Se tu te encher de mágoas, o que vai ser de mim que te admiro tanto? Que não preciso que tu me aceite, porque tu não precisa me aceitar. Que não me esforço pra ser nada, porque não acho que é o que tu quer que eu faça. Não te conheço o suficiente pra saber do que tu gosta, só gosto dessa tua mania de achar tudo tão lindo.”

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

em cadeia

Dizer que eu ando refletindo, por aqui não é nenhuma novidade. A coisa tem se expandido bastante, mas não sai da volta do meu umbigo. Devia sair né? Eu às vezes queria me sentir mais desimportante pra mim, mas morro de raiva quando eu esqueço de mim. Devia ser uma questão de equilíbrio, mas pode ser que seja só uma tendência libriana achar que ficar em cima do muro resolve alguma coisa. Quem ta em cima do muro, nunca cai pra lado nenhum. Então acaba não sendo amigo de menos, nem demais. Nem estudioso de menos, nem demais. Nem artista de menos, nem demais. Vira um bonzinho chato numa história babaca. Que não gosta de menos, nem demais.Viver as coisas com mais intensidade é difícil. Sabe, eu sou ponderada. Bem mais do que eu gostaria. Sou do tipo que finge coisas pra sair bem, mas isso é uma grande hipocrisia. Não, não finjo coisas ruins, finjo que não gosto por exemplo. Gostar das coisas, devia ser algo bom, que devia fazer a gente se sentir bem. Bom, eu guardo bem lá no fundo. No fundo eu sou uma grande medrosa, que se faz de corajosa na hora de aconselhar os queridos. Se eu seguisse metade das boas conversas que eu tenho com quem eu gosto tanto, eu ia fazer um bem enorme a mim mesma. Eu sei disso, mas na prática não é tão fácil. Acho que sou secretamente tomada por um desejo de auto mutilação, que faz com que eu fique presa nas teias da minha própria melancolia. Sou perseguida pelo meu próprio terrorismo, e começo a acreditar de verdade, que essa energia toda vem de quem faz eu me sentir bem, e daí, começo a me sentir mal. É tudo um ciclo vicioso, criado pela minha cabeça doentia, e que eu luto incansavelmente pra parar. To chegando perto dessa pausa, eu sinto isso.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mania que eu tenho de escrever só quando eu to mal. Não me sinto mal hoje. Tô um pouquinho pensativa, mas acho que eu tô bem sim. Fui influenciada pela onde times like these. Pensei que eu vivia times like these que you give and give again. Cansei de give and give, queria receber um pouquinho. Recebi, e gostei. Me dei conta que receber devia ser uma coisa natural, eu que procuro problemas eu acho. De repente, eu procuro um certo conforto na melancolia, o que não faz sentido nenhum. Então eu só quero seguir passando coisas legais pra quem ta perto, sem que isso seja um esforço e receber um pouquinho de volta. Aí eu li isso até aqui e achei com uma cara de auto ajuda (não sei mais usar hífem). É auto ajuda né, escrever faz eu me sentir bem. Conversar é bem melhor, mas é mais difícil. Nessa hora eu lembro das minhas milhares de barreiras que não permitem intimidade. Aí eu lembro que intimidade não se constrói, se tem ou não. Aí eu lembro que eu não faço questão de ter. Aí eu lembro que eu faço sim. Isso não faz sentido nenhum.