domingo, 17 de abril de 2011

Controle

Qual a probabilidade de eu acabar me machucando mais? Enorme. Mas eu estranhamente não me sinto preocupada. De uma maneira muito masoquista sentir dor significa muitas vezes me sentir viva. Vindo de uma acomodada no marasmo, isso significa alguma coisa. Até então só coisas boas se passavam no meu coração, um inexplicável alívio de saber que o mundo ainda é lindo. Por outro lado, o mundo não é lindo porque eu o colori, e isso pode ser um pouquinho frustrante. A verdade é que eu preciso aprender a lidar com essas situações de divisão esporádica, onde tudo que se fala vale exatamente pra aquele momento, mas é infelizmente incapaz de durar por mais três ou quatro dias. Infelizmente eu questiono? Durando, talvez acabasse toda a mágica que só essa troca tem. Percebo então que o que me satisfaz, e o que eu julgo me satisfazer são cartas bem diferentes desse baralho. Perder o controle é assim, muitas interrogações em uma correnteza de sentimentos. Perder o controle é minha maior fonte de inspiração, e de todas as sensações, pode ter certeza que a de estar por aqui novamente é a mais feliz.