domingo, 25 de setembro de 2011

Do tempo em que problema era fazer xixi na cama

Acordei de uma daquelas noites muito loucas que todo o jovem de de dezoito anos já teve. Os amigos tomaram um porrão, algumas pessoas a gente nem viu indo embora, o cara que tu curte acabou a noite com outra, tu ficou triste, aquilo que provavelmente todo mundo já passou um dia. Todo mundo já passou e todo mundo sabe que o outro dia é absolutamente desesperador. Tu te pega efetivamente refletindo sobre a vida e sobre como tu é azarado, se questionando porque tu é como tu é (num bom gauchês que conhecemos muito bem, eu não uso és, ok?). Aí, tu começa a querer repensar uma série de condutas, afinal no fundo, no fundo, tudo o que tu menos quer é que essa noite se repita. Porque sair e voltar mal não é exatamente o que se espera de noites com os amigos. E ai bom, eu acordei um pouquinho melhor do que na hora que eu cheguei aqui.
Não, eu não acordei com vontade de voltar a ser bebê,como o título do texto remete, isso seria um pouco demais até pra minha própria insanidade, mas acordei com saudade dos tempos em que essas coisas incomodavam menos. A época em que tu só imaginava que as coisas incomodavam mas não praticava nenhum tipo de ação para impedir que elas acontecessem ou mesmo, esquecer que elas aconteceram. Sim essa é a característica dos dezoito anos, a tentativa de mudar as coisas. Bom, pelo menos este é o principal traço da minha atual personalidade.
Aí, pensei mais amplamente e me dei conta, que independente da idade, a gente sempre tem sofrimentos e eles sempre parecem muito maiores do que são de verdade. Daqui a uns cinco anos, ou talvez daqui a três dias eu vou perceber o quanto o que eu sinto hoje é bobagem e não deve ser levado a sério, eu tô na idade de não levar as coisas a sério.
Claro, sempre vale o aprendizado, sempre é válida a tentativa de se tornar uma pessoa melhor, mas isso é crescimento.
E foi com esse tipo de pensamento que eu resolvi levantar da cama hoje, pensando que eu não sou a pessoa mais azarada do mundo, não sou horrorosa e não sou o pior dos seres.
Eu sou é muito sortuda, tenho que levantar as mãos pro céu e agradecer todos os dias tudo o que me foi dado (ainda não desconsiderei a existencia de Deus no mundo, acho que ele ta ali assistindo tudo). E bom, se tudo o que vai volta, eu tenho que é começar a mandar energias boas pras pessoas de novo. Logo, vamo parar de olhar só pro lado ruim das coisas? Vamo lembrar que a noite ontem foi entre amigos, que a gente deu boas gargalhadas, perdeu muitas calorias dançando e boto pra fora tudo o que fazia mal. O negócio é abstrair quem tá fazendo mal e se preocupar com a própria felicidade, porque uma hora, surge alguem que vale a pena. Um sorriso saindo do forno? : )