terça-feira, 8 de setembro de 2015

O nome desse blog não foi inspirado em "conversa de botas batidas" a troco de nada. Essa sempre foi a minha música de "tá tudo bem", porque afinal de contas, tá mesmo.

O cenário continua o mesmo,  nada mudou desde a última postagem melancólica. Tive mais baixos do que altos, deixei a fossa tomar conta, curti ela bastante mas, ao que tudo indica, coloquei o nariz pra fora. Só a pontinha, que começou a sentir aquele geladinho do fim do inverno e o cheiro das flores, lembrando que a primavera já vem aí. Junto com essa primavera, todo o colorido que eu deixei pra trás.

Não, eu não mudei de ideia, o cinza é realmente a minha cor, mas acho que ele fica extremamente bem acompanhado de pinceladas de vermelho, azul verde e laranja.

O caminho até os dias mais alegres do que tristes ainda precisa ser percorrido e enquanto isso, eu sigo aproveitando o gostinho confortável da tristeza, mas sem aquele aperto horrível no coração. Agora é só saudade, saudadinha gostosa essa que eu ainda quero manter pertinho mais um pouco.

Tudo isso, vem no entanto, acompanhado de um desejo de mudanças, de novas possibilidades, de novas alegrias. De sentir que as coisas vão bem. E que a minha felicidade está na palma da minha mão.

Eu  ainda desejo muito que a vida me surpreenda de uma maneira linda em uma quarta-feira no meio da tarde, eu não desisti do destino. E tomara que essa surpresa desperte aquela marina sonhadora e alegre, diria até meio bobinha. Aquela que sente que saiu pra dar uma voltinha mês passado e ainda não voltou pra casa. Aquela que resolveu acampar em frente a uma porta verde, que se fechou sem deixar quiça uma frestinha.  Por quê demora?

Encontrou uma janela aberta?

"Abre as cortinas pra mim, que não me escondo de ninguém."





Nenhum comentário:

Postar um comentário