quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Acordo, tomo banho, lavo o rosto.

Lembro de tudo aquilo que tá acontecendo na vida, respiro fundo.

Coloco todas as minhas energias em trabalhar, mesmo que ao longo do dia, minha atenção se perca várias vezes lembrando de tudo que tá se passando com a vida, lembrando que quando eu sair de lá não vai ter sobrado muita coisa.

Fico o máximo que eu aguento, me puxo o máximo que dá, mantenho o bom humor até o último segundo e ai eu vou embora, encarar o vazio que não me larga.

Hoje foi um dia atípico. Foram muitas horas empenhada eu trabalho muito difícil, que ainda não acabou, tenho que terminar antes de dormir. Ao chegar em casa, percebi que aquilo era tudo que tinha sobrado. O trabalho que eu não aguento mais fazer.

Não tem abraço, não tem beijo, não tem cafuné pós dia difícil. Não tem carinho. Não tem olhos gigantes me encarando, não tem apoio, não tem consolo, não tem nada.

Tem eu aqui, juntando os pedacinhos, sufocada pelas minhas próprias mágoas, rezando pra tudo isso passar.

Porque olha, tá muito dolorido.

sábado, 15 de agosto de 2015

Sábado de manhã

Sábado de manhã é sinônimo de saudade, sábado de manhã não da pra fugir. Ao invés de aproveitar que dá pra dormir até tarde, o olhos insistem em estalar as 8h da manhã e não há seriado que desvie a atenção de todo esse vazio do quarto.

Não há argumento racional, lembrança ruim  ou vídeo engraçado que acabe com a sensação de nostalgia, sábado de manhã não dá pra fugir. Aí, honestamente, o jeito é desistir e sentir. Dói.

Não interessam os motivos, não interessa a nobreza da causa, não interessa a bagunça, não interessa a confusão, porque a vida não tem a menor graça quando vivida racionalmente.

Não tem certo, não tem errado, só tem alegria e tristeza, felicidade e nostalgia, só tem o conforto e o desconforto que se passam no peito.

Não tem jogo, não tem estratégia, só tem um quarto vazio, uma música que fala mais do que eu jamais serei capaz de escrever e um dó na garganta.

Tem lágrimas, um coração dolorido e uma cama meio vazia.

Tem a sensação de que no domingo não melhora.



terça-feira, 11 de agosto de 2015

#100HappyDays #Day100

Minhas tentativas de cumprir os #100HappyDays nunca foram muito persistentes, acho que eu nunca passei do 35, e acredite, não é porque eu não enxergo a felicidade  todos os dias, é porque eu tenho preguiça de fazer o registro.

Amanhã eu fecharia minha última tentativa, e essa, não começou por ideia minha. Essa começou entre beijos, abraços e barrinhas que nunca eram enchidas até o fim. Acredito que é o que eu chamaria de melhores 100 dias do ano, se os últimos 5  não tivessem sido tão doídos.
Me peguei lendo textos de auto-ajuda, todos possíveis que trouxessem como tema: corações partidos, não insista em que desistiu de você, ou qualquer que fosse o título que trouxesse identificação com o sentimento do dia. Apelei pra florais e até pra Deus, porque fiquei desamparada. Eu nunca entendi muito bem se existe mesmo alguma coisa/ alguém olhando pela gente, mas quando tá doendo muito, e eu acho que eu não vou conseguir me ajudar, eu peço pro além.

Todos esses textos são cheios de utopias sobre como o amor devia ser fácil e simples, como se alguém um dia na vida tivesse vivido uma história fácil que tenha durado mais de uma semana Nunca é fácil, porque amar dói. Porque sentir pode ser monstruoso. Porque saudade é o pior sentimento do mundo.

E essas coisas todas valem a pena porque amar também é maravilhoso, sentir é arrepiante e saudade pode ser o sentimento mais confortável de um dia.
Eu não sou do tipo desesperada, que se perde no meio da fossa e esquece da vida, aliás, nunca fui. Também não sou do tipo conformada, o que faz a experiência de ter que aceitar qualquer situação inesperada um grande pesadelo.

O meu mais sincero desejo hoje era voltar pra aquele 29 de abril . Uma parte de mim acha que voltaria pra nunca ter começado a tal história que tanto me despedaçou, mas eu sei que eu jamais resistira a oportunidade de viver ela inteirinha de novo e poder fantasiar de novo os tais 100, 300, 1.000 dias felizes, que me esperavam.

Como foram só 95, cá estou eu, produzindo alguma coisa com esse sentimento que não me larga e com esse tristeza que eu insisto em deixar por aqui. Sabe, manter a tristeza por perto é  uma (idiota) maneira de se manter fiel aquilo que a gente sente.

Pelo jeito só sobrou isso: montes de lembranças, uma mancha no edredom e uma fotografia.

I want to walk with you
On a cloudy day
In fields where the yellow grass grows
knee high
So won't you try to come